
IMDb/Filmaffinity
Duración: 111 min.
País: Portugal.
Director: António da Cunha Telles.
Guión: Gizela da Conceição, António da Cunha Telles, Vasco Pulido Valente, Carlos Manuel Rodrigues.
Música: António Vitorino D'Almeida.
Fotografía: Acácio de Almeida.
Reparto: Maria Cabral, Miguel Franco, Ruy de Carvalho, Mário Jacques, Armando Cortez, David Hudson, Óscar Cruz
O Cerco é um dos filmes incontornáveis do Cinema Novo, talvez aquele que terá atingido mais visibilidade fora de Portugal. Um filme pleno de símbolos e simbolismos, feito dos pequenos elementos que emergem de uma aparente banalidade e descrevem a condição da personagem bem como a da sequência da narrativa. Delicadamente silencioso, dando o necessário tempo para respirar, O Cerco marca pela sua simplicidade.
Mas O Cerco é mais que um filme esteticamente apelativo, é também o confronto com uma sociedade cínica, oportunista, mesquinha, fechada, em que a mulher é vista e tratada como um objecto. Uma sociedade cansada e sem um futuro apetecível. Um filme introspectivo que coloca as peças em cima da mesa para que o espectador, das entrelinhas, possa extrair a sua mensagem.
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A mania de António da Cunha Telles pelo cinema nasceu com ele na Madeira em 1935. Antes dos dez anos, comprou a sua primeira câmara, de 9,5mm, com a qual filmava a família e acontecimentos da ilha, tendo aprendido a revelar filme para não ter de esperar os três meses que levava a fita a ir e vir do Continente, onde era revelada. Quando vem estudar Medicina para Lisboa, faz esporadicamente reportagens para a então incipiente RTP. É no momento em que lhe oferecem um lugar nos quadros da televisão pública que decide partir para Paris para aprender cinema. Não queria ser o "eterno amador". Durante os cinco anos em que reside na capital francesa, faz três cursos - o do IDHEC (onde conhece Rocha), de Estudo de Filmologia na Sorbonne e de técnicas audiovisuais na Escola Superior Saint-Cloud -, frequenta religiosamente as três sessões diárias da Cinemateca Francesa e conhece, nos meios cineclubísticos, Jean-Luc Godard, François Truffaut e Jean Renoir.
No regresso a Lisboa, em 1961, encontra as portas do cinema português fechadas: nem um estágio consegue. A recusa dos velhos cineastas em integrarem os mais novos, leva-os a cerrarem fileiras. Cria-se uma pequena comunidade à volta do café Vavá na Avenida de Roma. É lá que decorre, por exemplo, a última cena de Os Verdes Anos e foi numa toalha de papel do café que Cunha Telles e Fernando Lopes assinaram o contrato de Belarmino. No entanto, nem as co-produções estrangeiras em que Cunha Telles se viu envolvido - caso da de Angústia que Truffaut, um velho conhecido dos tempos parisienses, veio rodar parcialmente a Portugal - nem os primeiros filmes do Cinema Novo geraram receitas suficientes para cobrir os prejuízos, provocando a falência das Produções Cunha Telles. Posteriormente, dá-se a ruptura entre o produtor e os cineastas que produzira, pois estes consideravam que não havia feito tudo pelo sucesso dos filmes. Por outro lado, a segunda longa-metragem de António de Macedo produzida por Cunha Telles, Sete Balas para Selma, que combinava o mal-amado nacional-cançonetismo com um esdrúxulo enredo policial, foi catalogada como uma traição aos valores do Cinema Novo. Quando os seus pares se juntaram no Centro Português de Cinema da Fundação Gulbenkian, Cunha Telles não foi convidado.
No final dos anos 60, Cunha Telles sente-se abandonado. "Perguntei-me a mim mesmo se a minha vida no cinema não tinha acabado. Cheguei a pôr a hipótese de ir trabalhar para o Canadá ou para o Brasil. Parecia que não havia saída possível", confessa. A saída que encontrou foi realizar a sua primeira obra: O Cerco foi feito com pouquíssimos meios, usando película fora da validade e financiado com o que se chamaria hoje product placement - numa cena no Jardim Zoológico, um vendedor da Olá faz por exibir muito bem a sua caixa de gelados. Inesperadamente - no Vavá, vaticinava-se que seria o funeral do cinema português -, e muito por culpa da extrema fotogenia da actriz principal Maria Cabral e da atenção que o filme recebeu em França (foi seleccionado para a Semana da Crítica em Cannes), O Cerco seria o primeiro grande sucesso do Cinema Novo, esgotando todas as sessões no Império durante os primeiros três meses de exibição. "Fez mais receitas do que os anteriores doze filmes que tinha produzido", diz Cunha Telles.
Público
Código: Seleccionar todo
General
Nombre completo : C:\Documents and Settings\JSS\Ambiente de trabalho\O Cerco.avi
Formato : AVI
Formato/Info : Audio Video Interleave
Tamaño del archivo : 1,45GIB
Duración : 1h 51min.
Tasa de bits total : 1 875Kbps
Aplicación de codifición : VirtualDubMod 1.5.10.2 (build 2540/release)
Librería de codificación : VirtualDubMod build 2540/release
Video
ID : 0
Formato : MPEG-4 Visual
Formato del perfil : Advanced Simple@L5
Ajustes del formato, BVOP : 2
Ajustes del formato, Qpel : No
Ajustes del formato, GMC : No warppoints
Ajustes del formato, Matrix : Default (MPEG)
ID Códec : XVID
ID Códec/Pista : XviD
Duración : 1h 51min.
Tasa de bits : 1 673Kbps
Ancho : 640pixeles
Alto : 480pixeles
Relación de aspecto : 4:3
Velocidad de cuadro : 25,000fps
ColorSpace : YUV
ChromaSubsampling : 4:2:0
BitDepth/String : 8bits
Tipo de exploración : Progresivo
Bits/(Pixel*cuadro) : 0.218
Tamaño de pista : 1,30GIB (89%)
Librería de codificación : XviD 1.2.1 (UTC 2008-12-04)
Audio
ID : 1
Formato : AC-3
Formato/Info : Audio Coding 3
Format_Settings_ModeExtension : CM (complete main)
Ajustes del formato, Endianness : Big
ID Códec : 2000
Duración : 1h 51min.
Tipo de tasa de bits : Constante
Tasa de bits : 192Kbps
Canal(es) : 2canales
Posiciones del canal : Front: L R
Velocidad de muestreo : 48,0KHz
BitDepth/String : 16bits
Tamaño de pista : 152MB (10%)
Alineación : Dividir a través entrelazado
Entrelazado, duración : 40 ms (1,00fotograma de video)
Entrelazado, duración de precarga : 500 ms
Subtítulos en descarga directa